
Florianópolis fechou o ano de 2024 com o segundo maior índice de inflação entre as 17 capitais brasileiras pesquisadas, registrando uma taxa de 5,95%. Este valor é igual ao verificado em Belo Horizonte (MG) e ficou atrás apenas de São Luís (MA), que liderou o ranking com uma inflação de 6,51%.
A inflação na Capital catarinense superou o índice nacional, que foi de 4,83%, apresentando uma diferença de 1,12 pontos percentuais. Além disso, o aumento de preços em Florianópolis também superou o registrado em grandes cidades como São Paulo (5,01%), Rio de Janeiro (4,68%) e Brasília (3,92%).
Comparando com as outras capitais da Região Sul, Florianópolis teve um desempenho inflacionário mais elevado. Porto Alegre (RS) registrou a menor inflação da região, com 3,56%, enquanto Curitiba (PR) teve uma variação de 4,43%.
ICV e IPCA
A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina). O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.
Preços locais
Em Florianópolis, entre os 10 produtos pesquisados que mais subiram em 2024, 7 são alimentos: laranja paulista (46,4%), morango (38,7%), azeite de oliva (31,6%), alho (30,6%), café em pó (29,4%), beterraba (27,8%) e maçã (27,2%). Completam a lista o amoníaco (37,7%), os analgésicos e antitérmicos (35%) e os sapatos infantis (31,5%).
No conjunto, os alimentos tiveram a maior variação em 2024 entre os nove grupos pesquisados. Depois de Alimentação e Bebidas (8,98%), as maiores altas foram dos transportes (6,21%), saúde e cuidados pessoais (6,16%) e habitação (6,12%). Nos transportes, o que mais subiu foram passagens aéreas (12,8%) e gasolina (11,8%).
Os outros grupos de preços pesquisados tiveram aumentos abaixo da inflação geral do ano. É o caso de despesas pessoais (4,86%), artigos de residência (4,48%), educação (4,13%) e serviços de comunicação (3,47%). O vestuário foi o único grupo com variação negativa (-2,31%).
Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.