
Após quatro meses do desaparecimento de Valter Agostinho de Faria Junior, de 62 anos, e Araceli Cristina Zanella, de 46, as buscas pelos corpos foram paralisadas temporariamente. Os dois sumiram em 11 de novembro de 2024 em Biguaçu, quando fizeram o último contato com familiares.
A informação foi repassada pelo delegado Anselmo Cruz, da Delegacia de Roubos e Antissequestro da DRAS/DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais). Sete pessoas foram presas por possível relação ao crime.
O delegado indicou que a última busca feita pela equipe nas áreas dos bairros Pedregal e Ipiranga, em São José, foi feita na última sexta-feira (7). Segundo ele, as buscas estarão suspensas até que a polícia tenha alguma informação nova sobre o caso.
As áreas exatas onde as buscas eram feitas, desde a confirmação de que o casal foi vítima do crime de latrocínio, não foram divulgadas para não atrapalhar a polícia, de acordo com o delegado.
“Realizamos mais buscas em vários pontos, mas infelizmente não encontramos”, disse.
O inquérito foi concluído no dia 29 de janeiro. Ao todo, sete pessoas relacionadas ao crime foram presas ou tiveram medidas cautelares decretadas. Entre os presos, cinco são acusados pelos crimes de latrocínio, associação criminosa, ocultação de cadáver e furto mediante fraude.
Os cartões bancários das vítimas também foram usados enquanto elas estavam sendo mantidas em cárcere. As penas podem superar 50 anos de reclusão.
Relembre o caso
O casal morava em Biguaçu, na Grande Florianópolis, mas Celi (como Araceli é conhecida) era natural de Chapecó. Segundo familiares, ela atravessou o Estado após conhecer Valter, que já vivia em Biguaçu. Eles também tinham uma casa na Praia do Antenor, em Governador Celso Ramos, segundo a irmã de Celi, Aline Zanella.
Araceli e Valter teriam sido sequestrados no dia 11 de novembro após uma briga envolvendo um aluguel de um bar que era do casal. No mesmo dia, os dois teriam sido mortos em uma região de mata da Grande Florianópolis.
O caso foi registrado como desaparecimento pelos familiares das vítimas no dia 14 de novembro, quando as investigações iniciaram. Durante o trabalho da polícia, a família do casal não tinha informações atualizadas sobre o caso, já que as buscas estavam feitas “sob total sigilo” para não atrapalhar o trabalho da polícia.
O delegado disse que a família foi informada no dia 6 de dezembro sobre o caso e que “só um milagre” faria encontrar o casal vivo.